terça-feira, 16 de junho de 2020

A história vista de baixo

Tem um vídeo no blog falando sobre os historiadores do texto a seguir, confira nossa playlist. =) 

A história na maioria das vezes é contada em uma perspectiva conservadora privilegiando as elites como os; generais, reis, imperadores entre outros, ignorando assim os soldados, trabalhadores e cidadãos, ou seja, as massas, é ai que Edward Palmer Thompson, vem com sua sua metodologia, A história vista de baixo afinal porque uma carta ou entrevista de um soldado ou cidadão, não poderia ser usada como fonte histórica e dar uma nova perceptiva na história.

Dizia Thompson:

Estou procurando resgatar o pobre descalço, o agricultor ultrapassado,

o tecelão do tear manual ‘obsoleto’, o artesão ‘utopista’ e ate os seguidores

enganados de Joanna Southcott, da enorme condescendência da posteridade.

Suas habilidades e tradições podem ter-se tornado moribundas. Sua

hostilidade ao novo industrialismo pode ter-se tornado retrógrada. Seus

ideais comunitários podem ter-se tomado fantasias. Suas conspirações

insurrecionais podem ter-se tornado imprudentes. Mas eles viveram nesses

períodos de extrema perturbação social, e nos, não.

Podemos aqui nota a preocupação de Thompson, com as pessoas comuns, que foram ofuscadas por uma historiografia elitista. Outro historiador do movimento Eric Hobsbawm falava a mesma coisa pois, os historiadores do movimento trabalhista, marxistas ou não, estudaram “não exatamente as pessoas comuns, mas as pessoas comuns que poderiam ser consideradas os ancestrais do movimento; não os trabalhadores como tais, porém mais como cartistas, sindicalistas, militantes trabalhistas”. A história do movimento trabalhista e de outros desenvolvimentos institucionalizados, declarou ele, não deveria “ substituir a história das pessoas comuns em si”Hobsbawn, “ Some Reflections” , p. 15. . o verdadeiro intuito dessa metodologia é focar de fato nas pessoas comuns, e não as lideranças trabalhista, como já apontado por Thompson, e ressaltado por Hobsbawm. E sim, como é trazido por Jim Sharpe, logo nas primeiras páginas do livro “A escrita da História” onde é trabalhado as cartas do soldado William Wheeler, que estava na guerra de Waterloo em que Napoleão Bonaparte foi derrotado, nestas cartas o saldado William Wheeler forneceu a sua esposa uma descrição da Batalha, a partir do violento final: desdas rajada de tiros ate o saqueado de um oficial hussardo francês. Os livros de história nos contam que Wellington (Duque) venceu a batalha de Waterloo. De certa maneira, William Wheeler e milhares, como ele, também a venceram, então porque não explorar novas perspectivas do passado, proporcionado por fontes como a correspondência de um soldado ou cidadão? ampliando assim o entediamento dos fatos ali acontecidos resgatando as experiências passadas das pessoas antes ofuscada por uma historiografia que privilegiava as grandes elitista.


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